Microbiota e Saúde da mulher no climatério

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, as mulheres são a maioria da população brasileira e as principais usuárias do Sistema Único de Saúde, especialmente a partir do climatério, que é definido pela Organização Mundial da Saúde como: a fase biológica da vida e não um processo patológico, que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher. A menopausa é um marco dessa fase, correspondendo ao último ciclo menstrual, somente reconhecida depois de passados 12 meses da sua ocorrência e acontece geralmente em torno dos 48 aos 50 anos de idade. Nos últimos anos, o microbioma vem sendo reconhecido como muito importante quando pensamos na saúde da mulher, principalmente quando consideramos a saúde numa visão ampliada e os diversos aspectos da vida à ela relacionados, tais como: a alimentação, o lazer, as condições de trabalho, a moradia, a educação/informação e renda, as relações sociais e familiares, a auto-imagem e a autoestima. Quando pensamos em microbiota e Saúde da Mulher, a composição da microbiota vaginal, por exemplo, pode influenciar a ocorrência de cistites, vaginoses, doenças sexualmente transmissíveis, e infertilidade. Além disso, algumas doenças gastrointestinais são claramente mais frequentes em mulheres. A síndrome do intestino irritável (SII) é duas vezes mais frequente no público feminino, e a constipação idiopática de trânsito lento é um distúrbio quase que exclusivamente feminino. Neste contexto, a redução da diversidade microbiana acompanhada da expansão de gêneros e espécies bacterianas prejudiciais que levam a quadros de disbiose são fatores essenciais. Outro ponto muito importante é que vários relatos em artigos científicos sugerem que a queda nos níveis de hormônio estrogênio poderia prejudicar o equilíbrio da microbiota oral, vaginal e intestinal e promover o aparecimento de doenças. Então este projeto tem esse objetivo. Realizar ações extensionistas com interfase com a pesquisa para uma conscientização do que é a microbiota, o seu papel na saúde da mulher, os alimentos funcionais que são promissores para a saúde (prebióticos, probióticos, simbióticos e nutracêuticos). Também será oferecido a possibilidade para as participantes de conhecer a sua microbiota intestinal e vaginal. Finalmente esta proposta de ação irá permitir a participação de alunos de graduação e pós-graduação e assim contribuir para a formação acadêmica na interfase extensão-ensino-pesquisa.

Esse projeto integra o Programa: Programa ÂMBAR: Desafios e Ações em Saúde da Mulher

Coordenador Docente: RENATA GUERRA DE SA COTA

E-mail: rguerra@ufop.edu.br

Setor: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (DECBI)

Endereço: R. Quatro, 786 – Bauxita, Ouro Preto – MG, 35402-136

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