Existem diversas formas de se ver a gastronomia, como afirma Peccini (2013) e, os seres humanos não se alimentam de qualquer tipo de alimento, fazendo seleções definidas por sua cultura. Há que se levar em conta que essas seleções são feitas dependendo de qual grupo social o indivíduo pertence e também sua nacionalidade. A ação de comer é vista como uma atividade central para os seres humanos, não só pela sua frequência e necessidade de ingestão, como afirma Mintz (2001), e sim porque se torna a esfera que logo cedo é transformada em uma escolha, vinculada ao mundo em que se cria quando crianças ou até mesmo bebês e ao que realmente tem-se em sua realidade. Os alimentos são associados a povos específicos, sendo vários deles concebidos como “inequivocamente nacionais (…)” permitindo assim se associar a “questões relativas à identidade” (MINTZ, 2001, p.34). A gastronomia também oferta contribuições no reconhecimento do patrimônio imaterial, uma vez que se tem como patrimônio comidas de diferentes nacionalidades, e tendo implícita nesta, a memória, história e tradições culinárias que a comunidade local conhece a si mesma e se faz conhecer pelos visitantes, demonstrando um enorme potencial da gastronomia em representar “uma fonte inesgotável de recursos turísticos” (PECCINI, 2013, p. 216). Com base nos estudos já existentes sobre a gastronomia pode-se relacionar a mesma com o turismo, tendo assim como objetivo deste trabalho analisar como o turismo gastronômico pode ser trabalhado em uma certa localidade da sua forma mais clara e concisa, considerando alguns dos fatores que possibilitam a sua variedade, como o respeito quanto a cultura da localidade em que o modo de se alimentar está inserido, mas também pensar em como torná-lo algo universal, que satisfaça tanto a comunidade local quanto o turista que está visitando o local, levando em consideração aspectos da história e evolução da gastronomia que influenciam no comportamento tanto dos gestores quanto consumidores deste produto. O turismo gastronômico pode apresentar um papel importante no desenvolvimento da promoção de locais, podendo estes serem transformados em polos turísticos, uma vez que há interesse dos indivíduos em se tornarem consumidores de um lugar de acordo com a sua oferta gastronômica, como será evidenciado no decorrer do presente trabalho.
Coordenador Docente: ALISSANDRA NAZARETH DE CARVALHO
E-mail: alissandra@ufop.edu.br
Setor: DEPARTAMENTO DE TURISMO (DETUR)
Endereço: Campus UFOP – Morro do cruzeiro, Bauxita
Esse projeto integra o Programa: Desenvolvimento Local Sustentável por meio do Turismo de Base Comunitária: exploração de espaços férteis de iniciativas comunitárias para o fortalecimento de políticas públicas de turismo.