O envelhecimento populacional de caráter progressivo, fenômeno inicialmente relatado em países desenvolvidos e altamente industrializados, passou a ser evidenciado nos últimos 10-15 anos em nações em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Tais fatos podem ser creditados ao maior acesso à tratamentos médicos, muitas vezes preventivos, com também a melhorias nutricionais, para uma parcela importante da população. No entanto, o envelhecimento progressivo trará consigo o aumento da incidência de doenças degenerativas do sistema nervoso central. A Deficiência Cognitiva Maior (DCM), anteriormente denominada demência, em suas mais variadas formas, é considerada uma prioridade mundial de saúde pública. A cada ano são contabilizados 7,7 milhões de novos casos. Estima-se que esse número seja de 115,4 milhões em 2050. Receber o diagnóstico de deficiência cognitiva causa um intenso impacto na vida de pacientes e familiares. A perspectiva de mudança na vida pessoal dos pacientes e de pessoas próximas podem gerar reações emocionais negativas envolvendo impotência, medo e raiva além de um profundo sentimento de injustiça. Considerar o diagnóstico pode ser tão temerário que algumas famílias negam os sintomas. Dentro deste contexto esta proposta visa apoiar pacientes e cuidadores no enfrentamento da deficiência cognitiva. Associado à nosso projeto de pesquisa intitulado “Para não esquecer…” que capta e faz a triagem desses pacientes, nossa equipe será previamente treinada para dar suporte emocional e informacional no acompanhamento dos casos. Assim, visamos a construção gradativa, junto aos pacientes e seus cuidadores, de adaptações cotidianas para que a convivência com a deficiência cognitiva em menor ou maior grau seja de qualidade e serenidade.
Coordenador Docente: KATIANE DE OLIVEIRA PINTO COELHO NOGUEIRA
E-mail: katiane@ufop.edu.br
Setor: DEPARTAMENTO DE CIENCIAS BIOLOGICAS (DECBI)
Endereço: Campus UFOP – Morro do cruzeiro, Bauxita, Ouro Preto