Obesidade e hipertensão em mulheres no climatério: conhecer para prevenir

No Brasil, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) atinge 36 milhões de adultos contribuindo, direta ou indiretamente, para 50% das mortes por doenças cardiovasculares (DCVs). A prevalência de HAS é superior nos homens até 50 anos de idade, porém, nos anos subsequentes esse quadro se inverte e as mulheres passam a apresentar maior número de casos de HAS. O aumento da prevalência de HAS em mulheres após os 50 anos comparado aos homens está associada à chegada do climatério/menopausa e ao aumento da prevalência da obesidade nessa faixa etária. Apesar da efetividade e da eficácia comprovadas do tratamento anti-hipertensivo, os índices de controle da HAS ainda são insatisfatórios na maioria dos países, inclusive o Brasil. Os motivos para a falta de controle da hipertensão são diversos, mas um dos fatores de maior peso é a falta de adesão ao tratamento por diferentes motivos. Nesse sentido, o objetivo do projeto é avaliar a adesão ao tratamento anti-hipertensivos em mulheres no climatério e identificar os possíveis fatores que podem estar associados à uma baixa adesão e orientá-las para o uso racional de medicamentos. Além disso, promover educação em saúde para prevenção da obesidade e hipertensão. Tendo em vista o atual momento de distanciamento social devido à pandemia por coronavírus, as ações serão realizadas, de maneira remota, utilizando tecnologias de informação e mídias sociais. O presente projeto faz parte do Programa Íris, em que apresenta uma boa adesão entre as mulheres do Município de Ouro Preto e já tem estabelecido o fluxo de recrutamento e acompanhamento da população alvo. As mulheres climatéricas continuarão sendo convidadas por meio de divulgação nas UBS (cartazes e pelos Agentes Comunitários de Saúde) e na mídia local. Alunos dos cursos de Farmácia, juntamente com os colaboradores desse projeto aplicarão o teste de autorrelato de Morisk- Green para avaliar a adesão ao tratamento anti-hipertensivo. Através desses dados coletados será possível traçar o grau de adesão ao tratamento dessas mulheres e os fatores que podem estar associados à uma baixa adesão. Ações de conscientização para uso racional dos medicamentos serão estruturadas para melhorar a adesão ao tratamento através de palestras na forma de webinar, rodas de conversa e atendimentos individualizados. Ademais, serão postados conteúdos informativos (cartilhas, folders, vídeos) sobre saúde da mulher no climatério em sites e redes oficiais do projeto Oh Climatério!

Coordenador Docente: VANESSA DE ALMEIDA BELO

E-mail: vanessa.belo@ufop.edu.br

Setor: DEPARTAMENTO DE FARMACIA (DEFAR)

Endereço: Morro do Cruzeiro s/n. – Bauxita – Ouro Preto

Esse projeto integra o Programa: Programa ÍRIS: um olhar sobre o climatério