No Brasil, o câncer de próstata (CaP) é o segundo mais comum e mais incidente entre os homens (atrás do câncer de pele não-melanoma) sendo o quarto tipo mais comum considerando ambos os sexos. O aumento nas taxas de incidência no Brasil pode ser justificado pela evolução dos métodos diagnósticos, pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação e pelo aumento na expectativa de vida. Para o ano de 2018 há uma estimativa de 68.220 novos casos no Brasil sendo 6.730 novos casos em Minas Gerais. A idade (três quartos dos casos ocorrem a partir dos 65 anos), histórico familiar e pele negra são fatores de risco importantes, com a incidência e a mortalidade aumentando significativamente após os 50 anos. Contudo o diagnóstico precoce leva a mais de 80% de chance de cura. A prevenção do CaP compreende uma dieta rica em frutas, vegetais e pouca gordura. Outros hábitos são recomendados, como realizar, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado, reduzir o consumo de álcool e não fumar. Prevenção significa inibir o desenvolvimento da doença com medidas que interrompam ou atrasem sua progressão. Somado a isso, compreender a sintomatologia do CaP (noctúria, jato urinário fraco e gotejamento pós-miccional) contribui para iniciar uma investigação clínica e atrasar a progressão da doença. Desta forma, a educação e promoção da saúde busca provocar sólidas mudanças comportamentais, informar e incentivar atitudes e práticas preventivas. Programas educativos que informam e incentivam mudanças individuais de comportamento e exames preventivos concernentes ao CaP adquirem importante papel sócio-econômico e cutural, pois os homens, com sobrecarga de atividades, acabam por renegar ao segundo plano o cuidado com a própria saúde. Perante da eficiência para promover a saúde, prevenir doenças e reduzir repercussões econômicas, os programas de educação em saúde podem ser usados como estratégia para a redução do absenteísmo e a mudança no estilo de vida dos homens, que apresentam baixa adesão e estão pouco inseridos em programas públicos de saúde. Observando a necessidade em desenvolver novas estratégias educativas para informar e prevenir o CaP destaca-se o ensino de Anatomia Humana como parte complementar no processo educacional. O ensino de Anatomia Humana, especificamente do sistema reprodutor masculino, inserido no contexto educacional para prevenção do CaP configura um método fundamentado nos aspectos biológico e da saúde. O ensino de Anatomia Humana para pacientes e grupos de risco melhora a compreensão do processo saúde-doença, facilita o diálogo entre paciente e profissional de saúde, aumenta a compreensão da terminologia médica, melhora a compreensão de exames, melhora a adesão aos tratamentos, contribui para identificação de sinais e sintomas e aumenta a eficiência das campanhas de saúde. Dados da literatura mostram que o conhecimento do público sobre o corpo humano (anatomia) varia enormemente e isso levanta a questão sobre as decisões individuais relacionadas às tomadas de decisão sobre os processos saúde-doença. Desta forma o presente projeto de extensão tem como objetivo desenvolver estratégias multipedagógicas e materiais de ensino sobre Anatomia Humana dentro do contexto de informação e prevenção do CaP para a população masculina de Ouro Preto, de forma dialógica e interdisciplinar.
Coordenador Docente: LUIZ EDUARDO DE SOUSA
E-mail: luizeduardo@ufop.edu.br
Setor: DEPARTAMENTO DE CIENCIAS BIOLOGICAS (DECBI)
Endereço: Campus UFOP – Morro do cruzeiro, Bauxita, Ouro Preto.
Local: Sindicato dos Metalúrgicos; R. Prof. Francisco Pignataro, 67 – Bauxita, Ouro Preto – MG, 35400-000